Perfeita...leiam até o final por
Ramona Torres
Como Trabalhar com os Espíritos
Ciganos
Bem uma coisa que é necessário
ser dito logo de cara, é que Mediunidade não nos faz superiores, em nenhum
aspecto. Muito pelo contrario, é preciso dizer que o discernimento é a arma
mais necessária nesta estrada, pois virão a nós medidores, pessoas de boa Fé e
todo o tipo de pessoa.
Pode parecer um contra-senso
alguém dizer a uma pessoa que ela precisa verificar se a tsara que ela
freqüenta ou quer fazer parte é digna de credibilidade. Mas, não é. A
experiência demonstra que existem muitos problemas, que os freqüentadores
precisam identificar com precisão para não serem prejudicados por eles. O Mundo
Espiritual dos ciganos é um organismo que apresenta inúmeros desvios de sua
verdade, que é um mundo puro e simples.
Outro dia um amigo me
confidenciou que estava muito preocupado com a profusão de sorrisos e calor
humano no interior das tsaras. E que se nosso povo é otimista, trazendo nova
luz para a vida, por que é que há tanta gente, que crê que ser carrancudo, é
sinônimo de seriedade dentro do trabalho em si.
De fato, o caminho que deve vir
através de seus dirigentes e trabalhadores, à guisa de manter a seriedade, sem
comprometer o seu bom humor, a simpatia, o calor humano, como se o mundo das
dificuldades que os ciganos passaram se resumisse às suas carrancas, ao
sofrimento e ao pessimismo.
Não podemos esquecer que
normalmente quem procura o mundo espiritual está com dificuldades, está
desanimado, está sofrendo. Se mantemos uma postura sisuda, com humor fechado, e
sem a luz de um sorriso, devemos saber que temos a chance de estarmos
contribuindo para influenciar negativamente aqueles que nos procuram, piorando
a sua situação.
Que jamais faltem sorrisos, pois
nada mais animador do que ser recebido com um sorriso e com calor humano. Pois
nós não somos máquinas. Somos seres humanos, seres espirituais, tendo o
compromisso de transformar o mundo para melhor. Para que sombras em nosso
rosto? Não podemos esquecer que o abismo atrai o abismo e que sorrir sempre é a
garantia de espalhar a paz e a alegria a contagiar aqueles que estão ao nosso
redor, onde quer que seja.
E a casa espírita detém um papel
de fundamental importância como irradiadora da luz, sendo nossa postura a
lâmpada a propagar essa boa energia. Se fechamos o nosso rosto, estaremos
impedindo o fluxo dessa luz. Pois "cara" fechada não é sinal de
evolução.
Existem três perspectivas sob as
quais se pode falar em Educação Espiritual. E certo que elas acabam se
unificando num só conceito. Um aspecto deriva do outro e formam uma visão
única. Espiritualidade como Educação. A essência é a Educação. Ter educação
mediúnica, aprender. Melhor compreende o mundo invisível quem o compreende
pedagogicamente, como diria Kardec.
No relacionamento com pessoas da
assistência, o educador/trabalhador saberá exercer sua tarefa, sem impor suas
convicções. Irradiar otimismo, disposição, energia e serenidade todas aquelas
virtudes que vimos deve ser uma conseqüência natural da sua compreensão de
mundo.
Manifesta-se aí o compromisso de
agir, tanto no sentido moral quanto intelectual e mesmo estético, sempre
avaliando a vaidade mediúnica, que pode atingir tanto nos aparatos quanto no
trato pessoal. E preciso abolir o conceito ultrapassado de que a boa vontade
supre todas as deficiências. O círculo se fecha. É imprescindível criarmos um
ciclo educativo completo, pelo qual possamos educar pessoas pelo menos
humanistas, que se ponham na sociedade e espíritas mais conscientes, e mais
integrada e fundamentada.
No Brasil, houve um processo e
há, talvez historicamente necessário, de conquista do povo cigano espiritual.
Centros e Tsaras diversas atendem diariamente a milhares de pessoas em todo o
país. Com isso, esta cultura penetrou em todas as camadas da sociedade e
multiplicou adeptos e simpatizantes. Pois a cultura espiritual dos ciganos
sempre como em outras linhagens também, se depara com freqüência de pessoas
traumatizadas por perdas dolorosas ou portadoras de complexos problemas
obsessivos, ou alegóricos a respeito da cultura espiritual, é necessário saber
a hora e como descortinar estas impressões que ficam tão arraigadas em cada
ser.
A proposta da vida espiritual, é
um retorno as raízes ciganas da alma, é a libertação das consciências e a
formação de trabalhadores cientes do papel que desempenham, pois são parceiros
dos ciganos astrais.
Essa divina parceria trás
libertação de tabus, preconceitos e atitudes castradoras, que impedem o
crescimento. Há que se esclarecer o papel da casa, para nós e para o
trabalhador, a fim de que não nos percamos em meio aos pontos de vista de
certos indivíduos, que, mesmo cheios de boa vontade, estejam desconectados com
a proposta do Astral. Não basta conservar a cabeça cheia de sonhos e de idéias
maravilhosas, enquanto as mãos permanecem vazias de realizações.
A "Incorporação" se dá
através da utilização do médium pela entidade. De certa forma poderíamos
comparar à uma espécie de "osmose' entre entidade e médium. Ou como dizem
alguns, as entidades irradiam energias sobre determinados chackras de forma a
controlar em maior ou menor grau de consciência, tomando assim do sistema
fônico, mental e da parte motora do médium, e se faz uso para seu trabalho.
Sabe-se que as entidades desencarnadas precisam de algo que somente o ser
encarnado possui, o ectoplasma.
O Astral Superior, com certeza
sabe aquilo que é melhor para cada um. Esta atitude de convencimento pelos
espíritos ciganos, o que forçará os medinores a participar com algo mais que
seu corpo, seu tempo e sua boa vontade Terão que participar com a mente, o
espírito e a responsabilidade. Terão que estudar e evoluir, sem direito às
desculpas referentes à ignorância do que ocorre, seja espiritual, seja
cultural/intelectual. È uma maneira de forçar o ser a evoluir. Nós evoluímos,
as nossas entidades também, nada é estático, por isso devemos perceber que muitas
mudanças já ocorreram.
É, as vezes atos e atitudes que a
gente não pensa no momento, mas que nos toma de coração e entrega, resulta e
nos conduz para e pelos caminhos da espiritualidade e sem perceber, tudo toma
proporção que antes nem imaginávamos. Nesta viagem próspera e cheia de
alegrias, colhemos surpresas agradáveis e desagradáveis pelo caminho do
aprendizado, alguma pequena tristeza, um pouco de ingratidão, bem, tudo o que
faz parte desta caminhada de evolução humana e espiritual.
Porém sabia também que muitos
trariam seu “Compromisso” astral, assumido diante das palavras sagradas, com
Amor Intenso, Visceral e para a Vida Toda. Outros não, talvez não estivessem
prontos para a grandeza do presente, e da oportunidade que é ser medinore, pois
são pessoas que podem libertar conceitos, trazer luz, e fazer um trabalho
lindo, a partir da conduta despida de medo, auxiliando, trazendo luz e mesmo os
que não fazem bom uso do que foi ofertado,
A caminhada espiritual nos
proporciona um aprendizado valioso a respeito do ser humano. Aprendemos sobre o
Amor, a Fidelidade, a Lealdade, a Amizade, sobre os Espíritos, sobre a Inveja,
a Cobiça, o querer se Sobrepor, as Fantasias Humanas (no bem e no mal), a
Carência, a Ingratidão, a Loucura, sobre a Traição, a Influência Nefasta, sobre
a Mentira, as Incertezas, a Bajulação, sobre a Ambição Mediúnica e tantos
outros sentimentos. Que fazem parte, e trás a verdadeira prática da fé, que
caminha ao lado do entendimento e da valorização integral da vida. É o viver
para si e para o outro que compreende a complexidade da existência e da
necessidade intensa de relacionamento com o próximo como parte do processo
natural da vida. O exercício sempre conflitou de forma bastante intensa no
relacionamento entre as pessoas. Testemunhar a religiosidade muitas vezes
esteve ligado à demonstração da vida espiritualizada por meio da honra ao
compromisso, já que não podemos medir, ou avisar a todos os que nos procuram,
que não estaremos no lugar onde foi combinado o serviço ao próximo como uma
forma de compromisso com Deus e com o mundo. Por muitos e muitos anos, o
compromisso com a plenitude da vida em seus muitos aspectos ainda não é
reconhecido por todos como deve ser a verdadeira expressão da religiosidade, na
medida em que nos intimidamos com a primeira adversidade.
A prática da religião como
compromisso ético e social, pode ser caracterizado pelo respeito e amor ao
próximo, independente de suas diferenças; pelo cuidado e o zelo pela Terra,
preservando; agindo de forma protagonista e transformadora nas Casas
Religiosas, sendo anunciadores de boas novas e combatendo todas as formas
arbitrárias que oprimam, diminuam ou excluam as pessoas; justamente porque o
Povo Cigano, é Raça Excluída, buscada apenas na superficialidade por aqueles
que não conseguem ver além do papel religioso (dito religioso e sem
compromisso), é aquele que não pode compreender que somente sendo um verdadeiro
Cigano é que virá a ser inconformado com esse século, mas transformador pela
renovação de nossas mentes e ações, estando presente, mesmo quando não é um
tempo propício.
Ser operário da espiritualidade é
tarefa, recompensadora, mas também arriscada. Ser, é ser alvo de críticas,
perseguições, descontentamentos, e etc. Além desses problemas, existem
armadilhas que podem comprometer o desempenho e até mesmo afastá-lo para sempre
da jornada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário